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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Meu (ou nosso) casamento real

Esses tempos atrás, uma amiga comentou comigo que um fornecedor (oi?), num encontro informal com ela, falando de mim, havia dito pra ela que eu NÃO TENHO CARA DE SER CASADA. Desde então, tenho refletido sobre a opinião desse idiota, e outros mais, talvez, que me julguem assim. Por Deus, o que será que seria o casada pra ele? Como parecer casada? Se é que isso existe!

Claro, não devo parecer casada porque me visto como uma "garota" de 30 anos e não uma senhora de 60. Talvez meu jeito serelepe de ser faça ele me ver como menina ainda. Ou talvez porque eu seja metida a descolada. Será? Sou muito despachada e bem resolvida. Talvez ele pense que ser casada signifique ser DEPENDENTE do outro. Pra mim, a dependência emocional é sinônimo de conflito no relacionamento: não há maturidade nem amor nesse jogo. Usa-se o outro, cuja presença é um vício, o que é desamoroso. “Nó aperta, laço enfeita”.

Será que ele me viu em algum restaurante dos vários que frequentamos sorrindo, conversando com meu par em vez de me comportar como a maioria dos casais, que saem pra jantar fora e no restaurante mal conversam e nem se olham. Simplesmente comem e vão embora? Ah, talvez ele tenha me visto no bloco dos sujos (pra quem não sabe: tradicional folia de carnaval de Florianópolis), pulando, bebendo e dançando com minhas amigas e não em casa amarrada no pé da cama! Puxa vida, vai ver pro cara uma mulher casada deveria estar em casa algemada, como não pensei nisso antes! “ - Querida, hoje você só sai de casa depois de limpar a casa, fazer meu almoço e o cafezinho.”

Meu marido não é da área da propaganda (thanks, God!), não somos um casal convencional, formado no "mercado", então vários fofoqueiros de plantão sempre estão a postos pra comentar nas festinhas das agências por que eu apareço sozinha. Ele não faz questão de ir e ao mesmo tempo NÃO ME PRIVA DE VIVER, de ter contato com colegas e amigos por isso. Esses comentários partem de pessoas comprometidas, que "carregam" os seus, comumente um fardo, ficam lá ao redor sem nem interagir. Pior: já vi marido de colega minha enchendo o saco das garotas da festa e dando em cima da geral. Fiasco!

Ah, eu também não ando com uma penca de filhos a tiracolo. Talvez uma mulher casada pra ele deve ser uma parideira! Não, obrigada. No momento estou focada em mim, talvez um dia, não sei... Posso parecer egoísta, mas esse é o meu momento, dá licença.

Ele NÃO ME APURRINHA, me deixa ser conforme a minha necessidade de liberdade. Comigo só funciona assim. Eu posso publicar as fotos que eu quiser no lingerie day, eu posso me vestir como eu quiser pra trabalhar, eu posso fazer tatuagem e avisar só depois, eu me posiciono no mundo sem depender da aprovação dele. Essa sou eu, banhada de autenticidade. A liberdade é uma expressão do amor. Dar liberdade é confiar. E o ponto é exatamente esse: eu não pareço casada porque ajo como eu mesma e não como esperam.

Feliz mesmo é quem vive sem pré conceitos. E eu tô nessa onda já faz tempo.

Da próxima vez eu vou olhar pro infeliz que fez esse comentário e dizer: e você que tem cara de pau pequeno?!

2 comentários:

  1. Acho q se vcs são felizes assim, manda o resto longe, o négocio é não se estressar.

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  2. Ah, essa galera de plantão, sempre com algum julgamento para fazer!

    É isso aí, Tati!

    "Feliz mesmo é quem vive sem pré-conceitos."

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