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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

.Vinicius de Moraes.

Hoje, aqui na mesa 1, eu quero falar sobre uma das minhas paixões: Vinicius de Moraes. Eu não sei bem quando Vinicius entrou na minha vida, mas faz bastante tempo.

Eu resolvi falar sobre Vinicius hoje, porque amanhã estarei indo para o Rio e estou na expectativa de conhecer alguns lugares que têm a marca registrada dele. Pra quem não conhece a vida desse poeta, segue uma breve descrição:

Marcus Vinícius da Cruz e Mello Moraes, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913. Ele foi um diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta, compositor e cantor brasileiro. Graduou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1933. Em 1935, ganhou uma bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford. Em 1946, assumiu o primeiro posto diplomático como vice-cônsul em Los Angeles.



Vinicius Poeta


Poeta essencialmente lírico, teve publicado seu primeiro livro de poemas em 1933, O Caminho para a Distância (para acessar o livro na íntegra, clique aqui). Outros livros de Vinicius podem ser acessados através do acervo digital da Brasiliana USP, como o Livro de Sonetos (1957) e O Mergulhador (1968).



Vinicius Dramaturgo


Você sabia que o único Oscar que o Brasil tem na categoria Melhor Filme Estrangeiro, em 1960, foi com o filme Orfeu Negro, baseado na peça de teatro Orfeu da Conceição (1956), escrita por Vinicius de Moraes?


Vinicius Compositor e Cantor
Além da diplomacia, do teatro e dos livros, a carreira musical de Vinicius começou a deslanchar em meados da década de 1950, quando diversas de suas composições foram gravadas por inúmeros artistas. Eu gosto de várias músicas (praticamente todas), mas hoje decidi trazer aqui a música A Felicidade, que foi composta para o filme Orfeu Negro.

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar




E você, conhecia a vida desse poeta? Qual a composição do Vinicius que já tinha ouvido e que mais gosta?


10 comentários:

  1. A Felicidade
    Vinicius de Moraes

    Tristeza não tem fim
    Felicidade sim

    A felicidade é como a pluma
    Que o vento vai levando pelo ar
    Voa tão leve
    Mas tem a vida breve
    Precisa que haja vento sem parar

    A felicidade do pobre parece
    A grande ilusão do carnaval
    A gente trabalha o ano inteiro
    Por um momento de sonho
    Pra fazer a fantasia
    De rei ou de pirata ou jardineira
    Pra tudo se acabar na quarta-feira

    Tristeza não tem fim
    Felicidade sim

    A felicidade é como a gota
    De orvalho numa pétala de flor
    Brilha tranqüila
    Depois de leve oscila
    E cai como uma lágrima de amor

    A felicidade é uma coisa boa
    E tão delicada também
    Tem flores e amores
    De todas as cores
    Tem ninhos de passarinhos
    Tudo de bom ela tem
    E é por ela ser assim tão delicada
    Que eu trato dela sempre muito bem

    Tristeza não tem fim
    Felicidade sim

    A minha felicidade está sonhando
    Nos olhos da minha namorada
    É como esta noite, passando, passando
    Em busca da madrugada
    Falem baixo, por favor
    Pra que ela acorde alegre com o dia
    Oferecendo beijos de amor

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  2. Além das clássicas, essa é uma das músicas que eu mais gosto:

    Andam Dizendo
    Vinicius de Moraes

    Andam dizendo na noite
    Que eu já não te amo
    Que eu saio na noite
    E já não te chamo
    Que eu ando talvez
    Procurando outro amor

    Mas ninguém sabe, querida
    O que é ter carinho
    Que eu saio na noite
    Mas fico sozinho
    Bem perto da lua
    Bem perto da dor

    Perto da dor de saber
    Que este céu não existe
    E que tudo o que nasce
    Tem sempre um fim triste
    Até meu carinho
    Até nosso amor

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  3. Tomara
    Vinicius de Moraes

    Tomara
    Que você volte depressa
    Que você não se despeça
    Nunca mais do meu carinho
    E chore, se arrependa
    E pense muito
    Que é melhor se sofrer junto
    Que viver feliz sozinho

    Tomara
    Que a tristeza te convença
    Que a saudade não compensa
    E que a ausência não dá paz
    E o verdadeiro amor de quem se ama
    Tece a mesma antiga trama
    Que não se desfaz

    E a coisa mais divina
    Que há no mundo
    É viver cada segundo
    Como nunca mais

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  4. Vinicius... mestre, né?

    vira e mexe ele aparece aqui falando de tudo, falando de amor... falando da mulher (morena) que ele inventou...

    eu conheço muito pouco da obra dele e cada vez que tu posta algo do Vinicius, eu vou pesquisar e acabo lendo coias incríveis... um cara de extrema sensibilidade (não é a toa que se chama Marcus)...

    "As muito feias que me perdoem
    Mas beleza é fundamental. É preciso
    Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
    Qualquer coisa de dança,
    qualquer coisa de haute couture
    Em tudo isso (ou então
    Que a mulher se socialize
    elegantemente em azul,
    como na República Popular Chinesa).
    Não há meio-termo possível. É preciso
    Que tudo isso seja belo. É preciso
    que súbito tenha-se a
    impressão de ver uma
    garça apenas pousada e que um rosto
    Adquira de vez em quando essa cor só
    encontrável no terceiro minuto da aurora..."


    ... a verdadeira beleza está dentro de nós... está em nosso olhar, a beleza está no gesto, no sorriso. Não existe receita da mulher perfeita... o que existe é o amor, mesmo que adormecido...

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  5. Feiooo, cada vez que eu posto alguma coisa do Vinicius aqui, eu aprendo algo mais sobre ele.

    Eu não sabia, por exemplo, a história do Oscar... fiquei sabendo depois da pesquisa para o post.

    Também não sabia sobre os livros que a 'Brasiliana' disponibiliza na íntegra. Nesse final de semana li todo o livro dele de 1933. Adoro o estilo da escrita e também a questão da ortografia da época.

    Também não sabia que ele se chamava Marcus... só podia!!!

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  6. Feiooo,

    Dá um alida neste link aqui:
    http://www.brasiliana.usp.br/bbd/handle/1918/02419800#page/4/mode/1up

    Tem na íntegra esse poema do Vinicius que tu postaste aí... eu li ontem à noite.


    ADORO!!!

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  7. Este poema eu tb ADORO:

    A Carta Que Não Foi Mandada
    Vinicius de Moraes

    Paris, outono de 73
    Estou no nosso bar mais uma vez
    E escrevo pra dizer
    Que é a mesma taça e a mesma luz
    Brilhando no champanhe em vários tons azuis
    No espelho em frente eu sou mais um freguês
    Um homem que já foi feliz, talvez
    E vejo que em seu rosto correm lágrimas de dor
    Saudades, certamente, de algum grande amor

    Mas ao vê-lo assim tão triste e só
    Sou eu que estou chorando
    Lágrimas iguais
    É, a vida é assim, o tempo passa
    E fica relembrando
    Canções do amor demais
    Sim, será mais um, mais um qualquer
    Que vem de vez em quando
    E olha para trás
    É, existe sempre uma mulher
    Pra se ficar pensando
    Nem sei, nem lembro mais

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  8. Que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure. Sério. Eu tinha isso escrito numa camiseta que eu não tirava do corpo, na época dos 12, 13 anos! ♥ ♥ ♥

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