Mesas

Mesa 1
Carla
Mesa 3
Marcus
Mesa 6
Rita
Mesa 7
Mari
Mesa 8
Cris
Palco 10
Victor Hugo

quarta-feira, 30 de maio de 2012

.sem a senha sem acesso.

Senha... quem não tiver uma, que atire a primeira pedra.

Levei meu notebook para um colega meu dar uma olhada, estava lento demais e com o anti vírus desatualizado... cheguei na sala da T.I e expliquei o que estava ocorrendo e tal, ele disse que daria uma analisada e que qualquer coisa entraria em contato. Perfeito! Uma averiguada no “micro” na boa, na fé, no coleguismo... na amizade. 

Pouco tempo depois meu ramal toca, era o cara pedindo a senha para acessar a máquina. Putz! Fiquei em silêncio por alguns segundos... mais uma vez, insistentemente, ele diz – Preciso da senha, Marcus.
Ok, “muita hora nessa calma”, “palma palma não priemos cranicos”, mais de mil bobagens passaram pela minha cabeça, sem contar as incontáveis frases feitas... até que soltei um sonoro e aveludado:

- Te amo
- Como?
- Te amo, simples assim!

Mais silêncio... longos e intermináveis segundos de claustrofóbico silêncio. Confesso que me preocupei e muito. Já pensou ter que ouvir: - Marcus, eu também, mas não sabia como te dizer, não tinha coragem de tomar a iniciativa e agora que tu te expos e abriu o teu coração para mim... eu também te amo!  


- PARA!!! PÁRA TUDO!! Antes que tu penses qualquer absurdo eu explico! Login: nós / Senha: teamo.


- Ufa! Que alivio!

(...)

Não existe, no mundo, alguém que não necessite de login e senha. Até meus dois filhos menores precisam para acessar o link restrito do sítio da escola. Banco, e-mail, sistemas, smartphones, redes sociais, blogs... esta semana fui ao médico, para tratar da eterna dor nas costas, já na entrada do prédio cadastrei uma senha para ter acesso ao andar do consultório do cara.

Fui fazer os exames laboratoriais, na saída me deram uma “chavesenha” para que eu possa acessar os resultados diretamente no site. Senhas, senhas, Senhas, senhas, senhas para tudo, pára tudo! Sou do tempo em que as únicas senhas que eu precisava era para poder “mostrar” pro meu parceiro as cartas que tinha na mão, no jogo de truco:

Piscar o olho direito - significa Espadão
Piscar o olho esquerdo - significa Bastião;
Um leve sorriso para a direita - significa manilha de Espada;
Um leve sorriso para a esquerda - significa manilha de Ouro;
Morder o lábio - significa que se tem um 3 de naipe qualquer;
Apertar os lábios - significa que se tem um 2 de naipe qualquer;
Encher as bochechas - significa que se tem um Güembe (gueme);
Levantar as sobrancelhas - significa que se tem pontos de Envido;
Fechar os dois olhos - significa que além de não ter pontos, não tem nenhuma carta boa.

(...)

Vai chegar o dia em que o virtual será real e vise versa... quando esse dia chegar vou poder, quem sabe, ter instalado na alma aquele chip de memórias de vidas passadas... renascerei e continuarei a viver a mesma vida... gosto dela, assim, do jeito que é. Querer viver a mesma vida depois que ela termina é como querer continuar a rir da piada que perdeu a graça...  ha-ha

(...)

Eu sei, eu sei, a virtualidade é real, com pessoas reais... que muitas vezes fingem ser o que não são e/ou não deixam transparecer  o que são realmente. Mas isso já é outro papo.

(...)

Bueno, com licença, preciso fazer logoff 

Um comentário:

  1. " - Marcus, eu também, mas não sabia como te dizer, não tinha coragem de tomar a iniciativa e agora que tu te expos e abriu o teu coração para mim... eu também te amo!"
    Ah, como seria bom eu ter pensado nisso na hora, ter falado no dia, seria muito engraçado, das duas, uma: -Tu, Tu, Tu, Tu, ou -Hahahahaha schê... tu começaria a sorrir sendo infame, meio sem graça, sem saber como lidar com a situação embaraçosa que tu te meteu. Confesso que foi muito constrangedor ouvir de repente,um "TE AMO".
    Nem com estas palavras, consegui chegar ao complexo, do amar e não ser amado.

    De uma coisa sei
    Esta tudo criptografado.

    Abraço Marcus, ou deveria dizer msantos.

    ResponderExcluir