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Victor Hugo

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

.sem rodeios.


O texto a seguir é uma contribuição dos Vezenquandistas: Julio Neto & Milena Lenz

(...)

"Um risco quer dizer Francisco, 
Não sou bom entendedor
Não sou de meias palavras,
Então não me venha com charadas
Seja franco, sincero... direto...” (Feio)

Pois é, mas as pessoas não estão preparadas para receber palavras inteiras vindo da franqueza. Vide nosso amigo Lucilio, sempre foi marginalizado pelo simples fato de falar o que pensa, sem meias palavras, eu e meu cumpadi Feio brigamos muito até conseguirmos acreditar que o que um dizia pro outro não era pessoal. Eu tenho pouquíssimas pessoas nas quais posso ser sincero e franco, e essas são as pessoas  importantes na minha vida. 

(...)

Imaginemos um marido, chega em casa e diz, “Meu amor você está gorda...”, pronto, hecatombe nuclear. E ainda temos a palavra inteira para elogiar, e essa também as pessoas não estão preparadas, quando alguém elogia, pelo trabalho ou pela aparência, o normal é pensarmos, “O que ela ta querendo?”, mas acho que é cultural do Brasil, li na revista Vida Simples do mês passado, que o brasileiro preza pela gentileza, para não gerar conflitos, e assim deixa de falar coisas mais contundentes, em contra partida usamos o elogio para conseguir coisas, então temos dificuldade de crer que alguém pode ter gostado da gente ou de algo que fizemos, nessa mesma matéria um brasileiro foi fazer um mestrado nos EUA e se espantou porque os alunos agradeciam as críticas dos professores. É difícil. Abaixo segue o texto da Milenz luz da minha vida. 

(...)

Ôh vida corrida, exaustiva e voraz. Que ora me arrasta, ora me empurra. Que me permite beber apenas um pouquinho da fonte do prazer, em doses homeopáticas. Que me faz escolher entre coisas e pessoas mesmo quando não estou pronto pra isso. E ainda por cima, é única, sem reestréia, sem segunda chance. Então qual caminho escolher, o fácil e superficial ou o trabalhoso e consistente? Relações sinceras com diálogos francos e muitas vezes difíceis ou as de ‘boa vizinhança” com conversas amenas e discursos políticos? A sinceridade pode doer se não estamos prontos para recebê-la, mas reavaliar as relações e valorizar pessoas sinceras e diretas pode ser bem mais prazeroso!!!

“Migalhas dormidas do teu pão
Raspas e restos
Me interessam
Pequenas porções de ilusão
Mentiras sinceras me interessam
Me interessam, me interessam” (Cazuza)

(...)

Pois é, cada um tem um nível de franqueza que pode agüentar, eu estou treinando o silêncio com as pessoas normais para 2012.

“Se ninguém olha
Quando você passa
Você logo acha:
A vida voltou ao normal...
Aquela vida sem sentido
Volta sem perigo
A mesma vida tudo
Tudo sempre igual...
Se alguém olha quando
Você passa, você logo diz:
"Palhaço!"
Você acha que não tá legal
Perde logo a noção do perigo
Todos os sentidos
Você passa mal...” (Lobão)

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