Outra quarta, mesma mesa
Outra rua, mesmo destino
Outro rosto, mesmo olhar
Mesmo sonho... outro lugar.
Trinta dias em Porto Alegre, é tempo suficiente para já não achar mais tão divertido o trânsito, a paisagem. Devo ter lido, mais ou menos, onze vezes cada um dos poemas dos ônibus. Mudei várias vezes o caminho e hoje, parecem todos iguais...
Chegar em casa a noite e lembrar que o sol vai brilha ao amanhecer, me da forças para descobrir novos caminhos e quem sabe, talvez, um outro olhar naqueles rostos todos iguais.
Pô meu amigo, já utilizei muito essa técnica!
ResponderExcluirPode parecer meio maluco... mas vou dirgindo, conversando com o Cara lá de cima e pergunto por onde ele quer que eu vá.
Nessas mudanças de roteiro acabei descobrindo praças legais, conhecendo empresas que seriam úteis depois e até me livrei de acidentes.
Feio,
ResponderExcluirLendo teu texto e , mesmo sem te conhecer pessoalmente, eu consigo ler a expressão do teu rosto sem te ver. Tu tem esse dom, de fazer alguem rir ou entristecer com as coisas que tu escreve.
"Chegar em casa a noite e lembrar que o sol vai brilha ao amanhecer, me da forças para descobrir novos caminhos e quem sabe, talvez, um outro olhar naqueles rostos todos iguais"
E ainda tem aquela "uns mais iguais que os outros".
Silenciosamente e aparentemente à distância, é possivel observar cada expressão e pensar sobre ela, analisando e chegando à conclusão de que não ha nada de diferente. Diferente é a capacidade de perceber o igual e mais: a capacidade de se conformar com uma variedade de iguais. Variedade de iguais. Estar no meio de milhares de iguais e desejar um número muito menor de diferentes. Eu confesso, não me conformo. O igual pode ser eternamente o igual, desde que se modifique e se torne encantador, eternamente, mesmo sendo igual.
Uruguaiana é a casa da tua alma.
Porto Alegre é uma casa gigante, cheia de coisas frenéticas, lotada de nada.
Beijo a ti, meu amigo.
Já se passaram 30 dias! Nossa, o tempo realmente voa!
ResponderExcluirFeio, eu 'mais ou menos' sei o que tu estás sentindo. Já saí de Uruguaiana em busca de realizações... já passei mil vezes por vários caminhos, às vezes até sem identificar que era o mesmo caminho (completamente perdida)... mas sempre me perguntando o que eu estava fazendo ali...
Quando a gente está longe das pessoas e das coisas que são mais importantes para nós, parece que não há sentindo em nada...
Aos poucos vamos nos dando conta que para sairmos do mesmo lugar é preciso darmos o primeiro passo e seguir dando os demais...
no final vemos que tudo vale à pena!
Muda o "meio de transporte", talvez novos versos e novos rostos te trarão inspiração/ânimo.
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