E um dia a gente encontra com alguém que muda a nossa vida para sempre, por completo. Tudo a partir daí passa a ser diferente, passa a ter um novo sentido. Não importa quem for [ um amigo, um amor, um professor, um poeta... ], o que importa é que há encontros que reescrevem a nossa história, mudam a nossa direção, modificam caminhos. Há encontros que revelam coisas nossas que nem nós sabíamos. Gostos são revelados. Novas imagens, novos sons, novos ritmos. Passamos a ver o mundo com outros olhos, a observar a vida de uma outra perspectiva.
Uma nova pessoa em nossa vida é um novo ponto de partida.
Cruzamos diariamente por centenas e centenas de pessoas que consideramos insignificantes, mas talvez uma delas, se não tivéssemos simplesmente cruzado e sim encontrado, passasse a ter uma significância enorme em nossa vida. Talvez naquela pessoa, justo nela, encontrássemos o significado de muita coisa.
O filme Medianeras - Buenos Aires na era do amor virtual nos conta a história de Martin, Mariana e seus desencontros. Eles vivem na mesma cidade, na mesma quadra, em apartamentos um de frente para o outro, mas nunca conseguem se encontrar. Só conseguem se relacionar via internet. Se conhecem online, mas na vida offline se cruzam sem saber da existência um do outro.
O filme representa bem as relações humanas atuais, os medos, as fobias, a falta de confiança no próximo e nos leva a refletir sobre amor/modernidade/sociedade e, também, sobre as oportunidades que perdemos, muitas vezes, por deixarmos passar por nós pessoas que fariam toda a diferença, que reescreveriam a nossa história.
O filme representa bem as relações humanas atuais, os medos, as fobias, a falta de confiança no próximo e nos leva a refletir sobre amor/modernidade/sociedade e, também, sobre as oportunidades que perdemos, muitas vezes, por deixarmos passar por nós pessoas que fariam toda a diferença, que reescreveriam a nossa história.
Assista o filme aqui:
Dois
ResponderExcluirTiê
Como dois estranhos,
Cada um na sua estrada,
Nos deparamos, numa esquina, num lugar comum.
E aí? quais são seus planos?
Eu até que tenho vários.
Se me acompanhar, no caminho eu possso te contar.
E mesmo assim, queria te perguntar,
Se você tem ai contigo alguma coisa pra me dar,
Se tem espaço de sobra no seu coração.
Quer levar minha bagagem ou não?
E pelo visto, vou te inserir na minha paisagem
E você vai me ensinar as suas verdades
E se pensar, a gente já queria tudo isso desde o inicio.
De dia, vou me mostrar de longe.
De noite, você verá de perto.
O certo e o incerto, a gente vai saber.
E mesmo assim,
Queria te contar que eu talvez tenha aqui comigo,
Eu tenho alguma coisa pra te dar.
Tem espaço de sobra no meu coração.
Eu vou levar sua bagagem e o que mais estiver à mão.
Parabéns pelo texto, Carla!
ResponderExcluirEle vai além. Não se resume a “encontro”, propriamente dito, mas também a “reencontro”.
Como dissestes, pessoas cruzam nossa vida e não percebemos que algumas delas mudariam completamente nossa maneira de ser, agir e pensar. E às vezes até encontramos tal pessoa, mas não nos damos conta de que “ela” é quem procuramos.
Um tempo depois acabamos reencontrando, relembrando coisas, acontecimentos; aí percebemos que ela estava lá. “Puxa! Era tu e eu não sabia!” Isso muda a vida da gente. Encontramos o “significado de muita coisa”.
Abraços!!!
João Lusardo.
Oi João!
ResponderExcluirAdorei o teu comentário!
Olha, eu tenho visão negativa em relação a isso.
Eu não acredito que há na vida reencontros.
Eu acho que depois que o momento passa... ele passa. :)
Pode até ser que depois de um tempo tu reencontres uma pessoa e percebas [ e até tenhas a chance de dizer ] o quanto ela mudou a tua vida, mas o que tu poderia modificar na vida dela, tu não modificas mais...
Vou te dar um exemplo, pois eu não sei se eu estou sendo clara.
Domingo eu assisti a entrevista do ator Gianecchini no programa da Marilia Gabriela e ele dizia que no último dia de vida do pai dele, ele ficou no quarto com o pai e teve a oportunidade de dizer o quanto o pai significou na vida dele.
Lindo, né?! É um reencontro. Ao mesmo tempo eu acho isso muito triste, pois ele poderia ter mudado muita coisa na vida dele e do pai dele se tivesse dito isso antes, em outros momentos.
Sei lá, nesse sentido, eu acho que depois que o momento passa, não adianta querermos voltar atrás... passou!
Carlinha,
ResponderExcluirDa próxima vez vamos assitir o programa juntas tomando uma gelada! ehehehe
O legal do blog é que sempre rola um debate gostoso nos comentários.
Eu já faço outra leitura amiga. Se ele não falou antes, é porque não estava preparado para dize-lo. Já pensastes nisso?
E que bom que outro momento surgiu para que ele pudesse falar o que agora estava apto para dizer!
Enquanto estivermos aqui, neste plano, ainda não passamos. A palavra ainda pode ser dita, mesmo que contenha "agora" outro sentido.
Talvez seja a minha visão otimista.
Beijoca
Oi Cris!!!!
ResponderExcluirConvite aceito!
Sim, concordo contigo. Existe o momento certo de cada um.
A palavra sempre pode ser dita e deve ser dita.
Que bom que ele conseguiu falar para o pai dele o que ele sentia!
Que pena que o momento dele foi tão diferente do momento do pai, onde um só fala e o outro não tem mais a oportunidade de responder.
É disso que falo, entende?
Eu sei que tu me entende, já falamos sobre isso aqui mesmo neste pub. Tu só não concorda com a minha visão. :-)
Eu acho que esse é o ponto:
ResponderExcluiro momento de um não ser mais o momento do outro.
E se os dois não estão mais no mesmo momento, não é reencontro 'de dois'. :-) É reencontro de 'um'.
:D
Carla, Carla, eu sempre concordo contigo. O que pode ser um reencontro pra um, pode não ser para outro.
ResponderExcluirSeja como for, adoro esses momentos de reencontro, de frio na barriga e expectativa.