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Victor Hugo

segunda-feira, 9 de abril de 2012

.pequenos momentos mudam grandes rotas.


E um dia a gente encontra com alguém que muda a nossa vida para sempre, por completo. Tudo a partir daí passa a ser diferente, passa a ter um novo sentido. Não importa quem for [ um amigo, um amor, um professor, um poeta... ], o que importa é que há encontros que reescrevem a nossa história, mudam a nossa direção, modificam caminhos. Há encontros que revelam coisas nossas que nem nós sabíamos. Gostos são revelados. Novas imagens, novos sons, novos ritmos. Passamos a ver o mundo com outros olhos, a observar a vida de uma outra perspectiva.


Uma nova pessoa em nossa vida é um novo ponto de partida.




Cruzamos diariamente por centenas e centenas de pessoas que consideramos insignificantes, mas talvez uma delas, se não tivéssemos simplesmente cruzado e sim encontrado, passasse a ter uma significância enorme em nossa vida. Talvez naquela pessoa, justo nela, encontrássemos o significado de muita coisa.

O filme Medianeras - Buenos Aires na era do amor virtual nos conta a história de Martin, Mariana e seus desencontros. Eles vivem na mesma cidade, na mesma quadra, em apartamentos um de frente para o outro, mas nunca conseguem se encontrar. Só conseguem se relacionar via internet. Se conhecem online, mas na vida offline se cruzam sem saber da existência um do outro.

O filme representa bem as relações humanas atuais, os medos, as fobias, a falta de confiança no próximo e nos leva a refletir sobre amor/modernidade/sociedade e, também, sobre as oportunidades que perdemos, muitas vezes, por deixarmos passar por nós pessoas que fariam toda a diferença, que reescreveriam a nossa história.

Assista o filme aqui:

7 comentários:

  1. Dois
    Tiê

    Como dois estranhos,
    Cada um na sua estrada,
    Nos deparamos, numa esquina, num lugar comum.
    E aí? quais são seus planos?
    Eu até que tenho vários.
    Se me acompanhar, no caminho eu possso te contar.
    E mesmo assim, queria te perguntar,
    Se você tem ai contigo alguma coisa pra me dar,
    Se tem espaço de sobra no seu coração.
    Quer levar minha bagagem ou não?

    E pelo visto, vou te inserir na minha paisagem
    E você vai me ensinar as suas verdades
    E se pensar, a gente já queria tudo isso desde o inicio.
    De dia, vou me mostrar de longe.
    De noite, você verá de perto.
    O certo e o incerto, a gente vai saber.
    E mesmo assim,
    Queria te contar que eu talvez tenha aqui comigo,
    Eu tenho alguma coisa pra te dar.
    Tem espaço de sobra no meu coração.
    Eu vou levar sua bagagem e o que mais estiver à mão.

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  2. Parabéns pelo texto, Carla!
    Ele vai além. Não se resume a “encontro”, propriamente dito, mas também a “reencontro”.
    Como dissestes, pessoas cruzam nossa vida e não percebemos que algumas delas mudariam completamente nossa maneira de ser, agir e pensar. E às vezes até encontramos tal pessoa, mas não nos damos conta de que “ela” é quem procuramos.
    Um tempo depois acabamos reencontrando, relembrando coisas, acontecimentos; aí percebemos que ela estava lá. “Puxa! Era tu e eu não sabia!” Isso muda a vida da gente. Encontramos o “significado de muita coisa”.
    Abraços!!!
    João Lusardo.

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  3. Oi João!
    Adorei o teu comentário!
    Olha, eu tenho visão negativa em relação a isso.
    Eu não acredito que há na vida reencontros.
    Eu acho que depois que o momento passa... ele passa. :)
    Pode até ser que depois de um tempo tu reencontres uma pessoa e percebas [ e até tenhas a chance de dizer ] o quanto ela mudou a tua vida, mas o que tu poderia modificar na vida dela, tu não modificas mais...

    Vou te dar um exemplo, pois eu não sei se eu estou sendo clara.
    Domingo eu assisti a entrevista do ator Gianecchini no programa da Marilia Gabriela e ele dizia que no último dia de vida do pai dele, ele ficou no quarto com o pai e teve a oportunidade de dizer o quanto o pai significou na vida dele.
    Lindo, né?! É um reencontro. Ao mesmo tempo eu acho isso muito triste, pois ele poderia ter mudado muita coisa na vida dele e do pai dele se tivesse dito isso antes, em outros momentos.

    Sei lá, nesse sentido, eu acho que depois que o momento passa, não adianta querermos voltar atrás... passou!

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  4. Carlinha,
    Da próxima vez vamos assitir o programa juntas tomando uma gelada! ehehehe
    O legal do blog é que sempre rola um debate gostoso nos comentários.
    Eu já faço outra leitura amiga. Se ele não falou antes, é porque não estava preparado para dize-lo. Já pensastes nisso?
    E que bom que outro momento surgiu para que ele pudesse falar o que agora estava apto para dizer!
    Enquanto estivermos aqui, neste plano, ainda não passamos. A palavra ainda pode ser dita, mesmo que contenha "agora" outro sentido.
    Talvez seja a minha visão otimista.

    Beijoca

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  5. Oi Cris!!!!
    Convite aceito!

    Sim, concordo contigo. Existe o momento certo de cada um.
    A palavra sempre pode ser dita e deve ser dita.

    Que bom que ele conseguiu falar para o pai dele o que ele sentia!
    Que pena que o momento dele foi tão diferente do momento do pai, onde um só fala e o outro não tem mais a oportunidade de responder.

    É disso que falo, entende?
    Eu sei que tu me entende, já falamos sobre isso aqui mesmo neste pub. Tu só não concorda com a minha visão. :-)

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  6. Eu acho que esse é o ponto:
    o momento de um não ser mais o momento do outro.

    E se os dois não estão mais no mesmo momento, não é reencontro 'de dois'. :-) É reencontro de 'um'.

    :D

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  7. Carla, Carla, eu sempre concordo contigo. O que pode ser um reencontro pra um, pode não ser para outro.
    Seja como for, adoro esses momentos de reencontro, de frio na barriga e expectativa.

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