Quem quiser saber quem sou Olha para o céu azul E grita junto comigo Viva o Rio Grande do Sul O lenço me identifica Qual a minha procedência Da província de São Pedro Padroeiro da querência
Ó meu Rio Grande de encantos mil Disposto a tudo pelo Brasil Querência amada dos parreirais Da uva vem o vinho Do povo vem o carinho Bondade nunca é demais
Berço de Flores da Cunha E de Borges de Medeiros Terra de Getúlio Vargas Presidente brasileiro Eu sou da mesma vertente Que Deus saúde me mande Que eu possa ver muitos anos O céu azul do Rio Grande
Te quero tanto torrão gaúcho Morrer por ti me dou no luxo Querência amada, planície e serra Dos braços que me puxa Da linda mulher gaúcha Beleza da minha terra
Meu coração é pequeno Porque Deus me fez assim O Rio Grande é bem maior Mas cabe dentro de mim Sou da geração mais nova Poeta bem macho e guapo Nas minhas veias escorre O sangue herói de Farrapos
Deus é gaúcho de espora e mango Foi maragato ou foi ximango Querência amada, meu céu de anil Este Rio Grande gigante Mais uma estrela brilhante Na bandeira do Brasil
Pois é. O Brasil tem milhões de brasileiros que gastam sua energia distribuindo ressentimentos passivos. Olham o escândalo na televisão e exclamam ‘que horror’. Sabem do roubo do político e falam ‘que vergonha’. Vêem a fila de aposentados ao sol e comentam ‘que absurdo’. Assistem a uma quase pornografia no programa dominical de televisão e dizem ‘que baixaria’. Assustam-se com os ataques dos criminosos e choram ‘que medo’. E pronto! Pois acho que precisamos de uma transição ‘neste país’. Do ressentimento passivo à participação ativa. Pois recentemente estive em Porto Alegre,onde pude apreciar atitudes com as quais não estou acostumado, paulista/paulistano que sou. Um regionalismo que simplesmente não existe na São Paulo que, sendo de todos, não é de ninguém. No Rio Grande do Sul, palestrando num evento do Sindirádio, uma surpresa. Abriram com o Hino Nacional. Todos em pé, cantando. Em seguida, o apresentador anunciou o Hino do Estado do Rio Grande do Sul. Fiquei curioso. Como seria o hino? Começa a tocar e, para minha surpresa,todo mundo cantando a letra! ‘Como a aurora precursora do farol da divindade, foi o vinte de setembro o precursor da liberdade’. Em seguida um casal, sentado do meu lado, prepara um chimarrão. Com garrafa de água quente e tudo. E oferece aos que estão em volta. Durante o evento, a cuia passa de mão em mão, até para mim eles oferecem. E eu fico pasmo. Todos colocando a boca na bomba, mesmo pessoas que não se conhecem. Aquilo cria um espírito decomunidade ao qual eu, paulista,não estou acostumado. Desde que saí de Bauru,nos anos setenta, não sei mais o que é ‘comunidade’. Fiquei imaginando quem é que sabe cantar o hino de São Paulo. Aliás, você sabia que São Paulo tem hino? Pois é… Foi então que me deu um estalo. Sabe como é que os ‘ressentimentos passivos’ se transformarão em participação ativa? De onde virá o grito de ‘basta’ contra os escândalos, a corrupção e o deboche que tomaram conta do Brasil? De São Paulo é que não será. Esse grito exige consciência coletiva,algo que há muito não existe em São Paulo. Os paulistas perderam a capacidade de mobilização. Não têm mais interesse por sair às ruas contra a corrupção. São Paulo é um grande campo de refugiados,sem personalidade, sem cultura própria, sem ‘liga’. Cada um por si e o todo que se dane. E isso é até compreensível numa cidade com 12 milhões de habitantes. Penso que o grito – se vier – só poderá partir das comunidades que ainda têm essa ‘liga’. A mesma que eu vi em Porto Alegre. Algo me diz que mais uma vez os gaúchos é que levantarão a bandeira. Que buscarão em suas raízes a indignação que não se encontra mais em São Paulo. Que venham, pois. Com orgulho me juntarei a eles. De minha parte, eu acrescentaria, ainda: ‘…Sirvam nossas façanhas, de modelo a toda terra…’
Parabéns gauchada espalhada por esse mundo afora!
ResponderExcluirQuerência Amada
ResponderExcluirOsvaldir e Carlos Magrão
Quem quiser saber quem sou
Olha para o céu azul
E grita junto comigo
Viva o Rio Grande do Sul
O lenço me identifica
Qual a minha procedência
Da província de São Pedro
Padroeiro da querência
Ó meu Rio Grande de encantos mil
Disposto a tudo pelo Brasil
Querência amada dos parreirais
Da uva vem o vinho
Do povo vem o carinho
Bondade nunca é demais
Berço de Flores da Cunha
E de Borges de Medeiros
Terra de Getúlio Vargas
Presidente brasileiro
Eu sou da mesma vertente
Que Deus saúde me mande
Que eu possa ver muitos anos
O céu azul do Rio Grande
Te quero tanto torrão gaúcho
Morrer por ti me dou no luxo
Querência amada, planície e serra
Dos braços que me puxa
Da linda mulher gaúcha
Beleza da minha terra
Meu coração é pequeno
Porque Deus me fez assim
O Rio Grande é bem maior
Mas cabe dentro de mim
Sou da geração mais nova
Poeta bem macho e guapo
Nas minhas veias escorre
O sangue herói de Farrapos
Deus é gaúcho de espora e mango
Foi maragato ou foi ximango
Querência amada, meu céu de anil
Este Rio Grande gigante
Mais uma estrela brilhante
Na bandeira do Brasil
Yeah!!!
ResponderExcluirPara quem acha q gaúcho é grosso eu respondo:
ResponderExcluir" Grosso não, tradicionalista".
Adorei!
ResponderExcluirArnaldo Jabor sobre o RS
Pois é. O Brasil tem milhões de brasileiros que gastam sua energia distribuindo ressentimentos passivos. Olham o escândalo na televisão e exclamam ‘que horror’. Sabem do roubo do político e falam ‘que vergonha’.
Vêem a fila de aposentados ao sol e comentam ‘que absurdo’.
Assistem a uma quase pornografia no programa dominical de televisão e dizem ‘que baixaria’.
Assustam-se com os ataques dos criminosos e choram ‘que medo’.
E pronto! Pois acho que precisamos de uma transição ‘neste país’.
Do ressentimento passivo à participação ativa.
Pois recentemente estive em Porto Alegre,onde pude apreciar atitudes com as quais não estou acostumado, paulista/paulistano que sou.
Um regionalismo que simplesmente não existe na São Paulo que, sendo de todos, não é de ninguém. No Rio Grande do Sul, palestrando num evento do Sindirádio, uma surpresa.
Abriram com o Hino Nacional.
Todos em pé, cantando.
Em seguida, o apresentador anunciou o Hino do Estado do Rio Grande do Sul.
Fiquei curioso. Como seria o hino?
Começa a tocar e, para minha surpresa,todo mundo cantando a letra!
‘Como a aurora precursora do farol da divindade, foi o vinte de setembro o precursor da liberdade’.
Em seguida um casal, sentado do meu lado, prepara um chimarrão.
Com garrafa de água quente e tudo.
E oferece aos que estão em volta.
Durante o evento, a cuia passa de mão em mão, até para mim eles oferecem.
E eu fico pasmo.
Todos colocando a boca na bomba, mesmo pessoas que não se conhecem.
Aquilo cria um espírito decomunidade ao qual eu, paulista,não estou acostumado.
Desde que saí de Bauru,nos anos setenta, não sei mais o que é ‘comunidade’.
Fiquei imaginando quem é que sabe cantar o hino de São Paulo.
Aliás, você sabia que São Paulo tem hino? Pois é… Foi então que me deu um estalo.
Sabe como é que os ‘ressentimentos passivos’ se transformarão em participação ativa?
De onde virá o grito de ‘basta’ contra os escândalos, a corrupção e o deboche que tomaram conta do Brasil?
De São Paulo é que não será.
Esse grito exige consciência coletiva,algo que há muito não existe em São Paulo. Os paulistas perderam a capacidade de mobilização.
Não têm mais interesse por sair às ruas contra a corrupção.
São Paulo é um grande campo de refugiados,sem personalidade, sem cultura própria, sem ‘liga’.
Cada um por si e o todo que se dane. E isso é até compreensível numa cidade com 12 milhões de habitantes.
Penso que o grito – se vier – só poderá partir das comunidades que ainda têm essa ‘liga’.
A mesma que eu vi em Porto Alegre.
Algo me diz que mais uma vez os gaúchos é que levantarão a bandeira.
Que buscarão em suas raízes a indignação que não se encontra mais em São Paulo.
Que venham, pois. Com orgulho me juntarei a eles.
De minha parte, eu acrescentaria, ainda: ‘…Sirvam nossas façanhas, de modelo a toda terra…’