Diploma e conhecimento nem sempre caminham de mãos dadas. Bunker Roy explica - em mais um desses videos maravilhosos do TED - como fundou a Universidade Pés Descalços, na Índia. Através desse projeto, mulheres e homens do meio rural, muitos deles analfabetos, tornam-se engenheiros solares, artesãos, dentistas e médicos nas suas próprias comunidades. Uma história e um exemplo incrível de um homem rico e da elite na Índia, que, contrariando seus pais e a sociedade, escolheu trabalhar com os pobres, os excluídos, e educá-los na ''universidade da vida''.
A Barefoot College não está preocupada com diploma ou formação formal. Não tem hierarquia. Não faz divisões na hora de decidir seu rumo. E não exige que se saiba ler ou escrever para se tornar aluno. O grande objetivo desta universidade é juntar a sabedoria tradicional das pessoas às novas tecnologias, como uma forma de educar e melhorar a vida dos cidadãos de uma determinada comunidade.
Depois do video, coloque seu orgulho na sacola e perceba o mundo lá fora que é feito por pessoas que sabem muito mais do que se imagina.
Gostei bastante deste teu post. Eu não conhecia a Universidade Pés Descalços. Parece bem interessante o projeto.
ResponderExcluirNo entanto, acredito que eu precisaria de mais leituras a respeito para emitir um juízo de valor. Confesso que eu fiquei um pouco angustiada vendo a dentista que não é dentista atendendo as pessoas.
Será que entendi a proposta da universidade? Talvez eu seja uma das pessoas que precisam colocar o orgulho na sacola e perceber que as pessoas sabem mais do que se imagina...
Eu fiz uma leitura um pouco diferente e curti a idéia.
ResponderExcluirPra mim é a questão da disseminação do conhecimento, pura e simples. Usar as experiências pessoais de alguns para melhorar a vida dos demais.
Claro que uma vovó dentista, mesmo treinada, deve ter menos conhecimento do que um profisional graduado, com especializações e etc.. mas esse profisional está presente nas comunidades carentes? Se a vovó não estivesse lá, quem iria tratar as pessoas?
Ao assistir o vídeo fiquei pensando também em nossas realidades.. tipo por que não fazem essas coisas no Brasil? Por que quando alguém tem uma idéia legal ela já tenta ganhar dinheiro em cima?
Carla, tu como educadora deve ter muito o que discutir em relação a essa projeto né? Realmente, na vida que levamos fica difícil imaginar indo num dentista que não é formado, com especialização e tal. Mas a nossa realidade está longe da realidade daquele vilarejo. Seguidamente eu lembro que o que faço hj e fiz até pouco tempo atrás em outra área em agência de publicidade eu NÃO APRENDI NA UNIVERSIDADE! Aprendi na prática! Eu sou um pouco frustrada nesse sentido pq acho que a universidade em si me trouxe pouca bagagem. A prática e as oportunidades que fui tendo que me fizeram chegar onde cheguei em termos profissionais.
ResponderExcluirConcordo com a Carla e com todos hehehe... na verdade muitas coisas se aprende com a vida, com a prática. Consigo cuidar de um cachorro com bicheira e não sou veterinária (exemplo), mas é claro que tudo tem um limite, dependendo do estágio do problema, não.
ResponderExcluirTem coisas que temos que admitir que não temos conhecimento e que precisamos de um profissional que estudou e aprendeu a fazer aquilo.
Mas é isso aí, muita coisa não aprendemos na universidade e sabemos fazer bem!
Achei fantástico o video, vejo isso todos os dias, menos Domingo,hehehe.
ResponderExcluirNa nossa empresa temos um técnico que não possui nenhuma formação,somente o fundamental, ele resolve problemas de projeto, orienta e faz acontecer.
Costumo dizer que o verdadeiro engenheiro e arquiteto de uma obra é o mestre da obra, ele que está lidando com a prática.
Eu ainda não li mais sobre o projeto, então os meus comentários estão baseados no que está descrito no post, no vídeo e na minha interpretação [ essa é a parte que mais me dá medo... :) ].
ResponderExcluirEu acho válido esse tipo de conhecimento, construído em espaços não-formais. Todo conhecimento é válido, independente do espaço. Pelo que entendi, essa 'universidade' é um espaço não-formal de educação e não dá certificados aos alunos. É isso?
Quando li o post, lembrei de um exemplo prático: minha mãe.
Ela tem um conhecimento amplo em ervas e tudo que é 'natural', informações que foram passadas de mãe pra filho ao longo dos anos. Ela tem descendência indígena.
Ela tem problemas de pressão arterial, tem pressão alta. Precisaria tomar medicação diariamente, mas não toma. Não toma porque ela resolve o problema dela com uma batata. Sim, uma batata. Acredita?
Em vez de tomar todos os dias o remédio, ela descasca e corta em pedaços uma batata e deixa de molho num copo com água por 1h [ em média ] e depois toma aquela água. Resultado: a pressão estabiliza.
É válido? Sim, é válido! Mas é arriscado. E não dá para sair por aí dizendo para as pessoas substituírem o remédio por uma batata. Ou será que daria? [ já nem sei, estou me achando tão ‘orgulhosa’ :) ].
Se o meu irmão estivesse lendo esses meus comentários agora, ele diria: 'dá pra falar sem polemizar?' :)
ResponderExcluirJá o Vinícius [ que me entende tão bem ] me descreveria: 'essa coragem de comprometer-se sem necessidade'.
hahaha... Adoro!
Então aí vai...
Outra coisa que pensei ao ler e assistir o vídeo:
Parece que o pobre tem sempre que se contentar com 'pouco'. Já que não tem acesso à escola, tem que aceitar o mínimo de dignidade e ainda dizer: 'agradecido!'.
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